Portugal está na 28.ª posição no Índice de Qualidade das Elites (EQx) 2021, num total de 151 países, à frente da Bélgica (32.ª) e de Itália (37.ª), mas atrás da China (26.ª), Espanha (27.ª), Irlanda (20.ª) ou Qatar (21.ª), um índice de 107 indicadores que avalia a capacidade das elites políticas de 151 países de criarem valor no mundo através da sua atividade, revela o ‘Jornal de Negócios’.
Entre 25 Estados membros da UE, Portugal está abaixo da média europeia, ocupando no 14.º lugar.
“Neste contexto, e tendo em conta a dinâmica revelada, considero que o posicionamento do nosso país apresenta um mau resultado em termos de avaliação das elites nacionais”, conclui, em declarações ao Negócios, Óscar Afonso, professor da Faculdade de Economia do Porto e um dos responsáveis por esta pesquisa a nível nacional.
A posição de Portugal é fundamentada “na fraca competitividade externa, nos elevados níveis de endividamento, na estrutura produtiva especializada em atividades orientadas para o mercado interno e a péssima qualidade institucional”, explica o universitário.
“Há ainda a salientar o enorme peso da dívida pública no PIB, que representa uma forte extração de valor das gerações futuras de contribuintes”, acrescenta Afonso, citado pelo jornal económico do grupo Cofina.
Com o índice a basear-se em 107 indicadores, em termos de corrupção política, Portugal ocupa a posição 32 e a 49 ao nível dos gastos públicos em percentagem do PIB.
Singapura continua, como em 2020, ano de estreia deste ranking, a liderar a tabela, sendo sucedida pela Suíça e pelo Reino Unido, como a publicação.













